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Memórias

Minha Infância

Olá, gente! Hoje quero começar uma série de posts bem legal. Nessa série, quero contar alguns episódios da minha vida que me marcaram, que me fizeram sorrir, chorar, ficar pensativa. Enfim.. Quero dividir com vocês um pouco dos maiores tesouros que alguém pode ter guardado: Suas memórias. Espero que vocês curtam e acompanhem.

 

O começo…

 

A minha infância foi totalmente diferente das outras crianças. Em primeiro lugar, porque eu fazia eu fazia meu tratamento para a toxoplasmose com a sulfa, fisioterapia e natação especializada. Em segundo lugar, porque eu já usava um tampão no olho e a botinha ortopédica. Isso dificultava um pouco as coisas, mas não me impedia de brincar com outras crianças.

 

Quando tinha 3 anos de idade. Sem entender nada da vida direito, já tinha dois grandes presentes na minha vida. Meus 2 sobrinhos. Um menino e uma menina. Até me lembro de um aniversário da minha sobrinha em que não podiam tirar o disco de vinil da Xuxa pois escutávamos, dançávamos e curtíamos até enjoar.

 

Aos 5 anos, entrei para uma escola normal. No começo, quase não ficava. Eu chorava todos os dias. E sempre que chorava, minha avó me buscava e eu ia embora. Mas essa “tática” durou pouco. Quando minha mãe descobriu que isso acontecia, ela falou para a coordenadora da escola que minha avó estava proibida de me buscar. Porque, assim, eu nunca me acostumaria a estudar. No começo foi difícil. Mas logo eu consegui me adaptar.

 

As Brincadeiras

 

Nesta época, sempre que era possível, eu brincava com minha prima. Ela era 6 meses mais velha do que eu. E todas as bonecas que ela tinha, inclusive as roupinhas, eu pedia para minha mãe me dar igualzinha. Minha prima não achava muito bom não. Ela até escondia algumas de suas coisas quando eu ia na casa dela. Rsrs. Mas além dela, eu brincava muito com minha vizinha. Era muito muito legal. Brincávamos de casinha, de bonecas e também de fazer a coleção de papel de carta. Sempre trocávamos uma com a outra os que tínhamos repetido.

 

Apesar das dificuldades, tive uma infância feliz. Mas nem tudo foram flores. Minha avó foi sempre presente em tudo. Nos tratamentos, ajudando a cuidar, no meu desenvolvimento… Tudo mesmo. Ela foi uma pessoa muito importante para mim também. Mesmo em meio às minhas limitações e dificuldades, ela ajudou a fazer dessa época, uma das mais felizes da minha vida. E por ter sido tão importante, essa época também ficou marcada por um triste episódio. A sua partida.

 

Quando vovó se foi…

 

Foi em um dia em que a moça que ajudava a minha mãe em casa não foi trabalhar. Minha mãe ficou preocupada. Mas minha avó, como sempre amorosa, falou para ela não esquentar a cabeça. Porque como ela sempre cuidava de mim, ela poderia ficar comigo aquele dia.

 

Naquele mesmo dia, minha cunhada estava de resguardo em casa, pois acabara de dar à luz, e também chegaria um tio do interior. Então, além de cuidar de mim, minha avó teria que fazer almoço para nós todos.

 

Minha avó ficou comigo uma parte da manhã me balançando muito naqueles balanços de corda e madeira, que já nem se usa mais hoje em dia. Brincamos. Foram momentos preciosos. Depois de um tempo, falei para ela que queria assistir desenho animado lá em casa. Ela concordou em me deixar lá enquanto iria arrumar a casa dela e preparar tudo para o almoço.

 

Passou-se algum tempo até que acabou o desenho. Fui até a casa dela para ficar mais perto dela, só que quando estava chegando, minha cunhada me viu e falou que minha avó tinha passado mal e teve que ir para o hospital. Eu não estava acreditando. Entrei na casa dela chamando por ela até quando avistei uma mancha de sangue na cozinha dela.

 

Neste momento, ela já tinha morrido. Ela sofreu um infarto fulminante. Mais tarde, minha mãe conversou comigo e me explicou que ela não iria voltar mais. Me explicou que minha avó já não estava bem de saúde há um tempo. Eu não entendia muito bem na época. Mas nem quis ir no velório.

 

Eu queria guardar pra mim as boas lembranças que tinha dela. Minha avó morreu cuidando da gente. Trabalhando para que nós estivéssemos bem na casa dela. E desde então eu sempre carrego ela comigo no coração. Nas lembranças de uma infância cheia de desafios, mas também cheia de amor.

 

Enfim.. É isso gente.. Espero que essa história inspire vocês a se lembrar de quem ama e cuida de vocês. A gente nunca sabe quando é a última vez que vamos vê-los. Então cada encontro é uma oportunidade de dizer o quanto uma pessoa é importante pra você. Até o próximo post. 🙂 Não esqueça de curtir a minha Fan Page!