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Superação

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Revisitando Memórias

Hoje em dia, existem várias formas de matarmos a saudade de pessoas queridas. A tecnologia é uma grande forma de nos expressarmos, de arquivarmos bons momentos e de relembrá-los.

 

Antigamente, para matar a saudade disso tudo era muito difícil. Teríamos que escrever cartas à mão, tirar fotos com aquelas máquinas de filme… E nessa época a gente nem sabia se iria prestar ou não. Tínhamos que correr este grande risco de talvez perdermos o momento por uma foto tremida, ou um filme queimado.

 

Mas com o avanço geral da tecnologia, tudo ficou muito mais fácil. Acho que, ao longo dos anos, conseguimos pelo menos 3 coisas: matar as saudades de várias pessoas que podem ser através das redes sociais, podemos tirar fotos e ver na hora com máquinas e celulares digitais, e também podemos falar como se fosse pessoalmente com pessoas que moram no exterior como se fosse ao vivo e a cores.

 

Mas mesmo com todo esse avanço, nada é melhor do que abrir uma velha caixa de fotos antigas e reviver momentos, histórias, lembrar de pessoas que fizeram parte da sua história. Porque o que somos hoje é reflexo do que vivemos e de quem um dia fomos.

 

A tecnologia tirou um pouco daquela emoção. Tirar foto era um acontecimento, tinha todo um significado. Era quase como que se falassem: “Ei.. Preparem-se que uma memória vai ser registrada”. Hoje tiramos muitas fotos, e a maioria acaba caindo no esquecimento na memória dos nossos telefones. Escrever cartas para as pessoas? Para quê, se hoje existe o email? Bons tempos aqueles que eu colecionava os diferentes papéis que existiam para esse fim…

 

Então para essa semana tive uma ideia brilhante, juntei algumas fotos minhas, umas antiga outras nem tanto, para juntos revivermos alguns momentos, mas principalmente como a gente vai mudando com o passar do tempo.. Espero que vocês gostem. Até o próximo post! 🙂 Não esqueça de curtir a minha Fan Page!
Memórias

Minha Formatura

Hoje na série “Memórias” quero contar sobre a realização de um sonho: A minha formatura. Quando eu venci uma das maiores barreiras da minha vida. Espero que vocês gostem e acompanhem.

 

A Expectativa

 

Lembro da minha formatura como se fosse hoje. Para mim, ela nunca teve um defeito. Foi perfeita. Falei para mim mesma que eu teria que estudar o dobro para passar em todas as matérias que ainda faltavam e terminar meu curso.

 

Formei com meu “quarteto fantástico”. No ultimo semestre não eu ia em todas reuniões com elas, pois eu não estava fazendo todas as matérias. Para mim só faltavam quatro: Pratica Jurídica 2, Direito Processual civil 4, Direito civil 3 e Direito do Consumidor.

 

Passei direto em 3 delas e fiquei rezando para a última, porque eu precisava passar de qualquer jeito. Eu já estava sonhando com minha formatura. Até os convites já estavam quase prontos. Lembro até que tive que fazer outra prova de direito processual civil 4 para recuperar. E o professor não quis corrigir na hora, falando que só iria liberar as notas dois dias depois. Como eu não aguentei de ansiedade, liguei no mesmo dia para ele. Ele falou para mim que já tinha colocado as notas no sistema do aluno.

 

Tentei acessar pela minha internet só que não estava funcionando. Fui parar lá na faculdade de novo. E a nota que eu precisava tirar nessa prova era 5. Quando cheguei na faculdade, o rapaz que me atendeu olhou para mim e para a minha ansiedade e me deu a melhor notícia que eu poderia ouvir naquele dia: eu tinha tirado 5.1. Ufa! Que alívio! Que alegria! Passei raspando e finalmente poderia concluir meu curso de Direito.

 

O início das comemorações

 

A ficha não caía! Até que no dia 31 de julho 2009, foi realizada minha colação de grão oficial. Neste dia, eu já me tornei Bacharel em Direito. Chique, não é?

 

A partir daí, foi só correria. Participando das festas de confraternização, mandando fazer o terno para as fotos dos convites, mandando convites para a calígrafa para pegar no outro dia, entregar todos eles. Mas o mais importante: eu queria ir atrás do cerimonialista da faculdade juntamente com o cerimonialista das festividades, para que minha mãe pudesse subir para pegar meu canudo junto comigo. Afinal, essa era uma conquista nossa! Foi tudo por ela e por causa do apoio dela.

 

Consegui falar com eles, e dadas as minhas circunstâncias, eles deixaram minha mãe subir junto comigo para pegar o canudo. Foi uma exceção, porque nos protocolos da minha faculdade, não deixavam ninguém subir junto com os formandos. Mas eu consegui dividir esse momento com ela.

 

As festividades

 

Minha formatura foi composta pela aula da saudade, colação de grau, culto ecumênico e o baile. Eu já estava tão ansiosa, que antes de saber se me formaria mesmo, já havia comprado o vestido para cada uma dessas cerimônias. Até meus acessórios para todas as festividades juntamente com os sapatos, aluguel de fantasias, etc.

 

A aula da saudade

 

Tudo começou pela Aula da Saudade. Ela foi realizada em um sítio muito bonito em Caldas Novas. Usei um vestido verde longo durante o bate-papo com os professores homenageados. Depois fomos para a piscina e ficamos curtindo um pouco.

 

Às 20h iria começar o nosso baile de fantasia. Foi muito divertido. As mulheres se vestiram de “melindrosas” e os homens de “cafetões”. Foi ótima a festa. Sem nenhum defeito que se possa lembrar.
Meninas vestidas de "Melindrosas" na festa à Fantasia.

Meninas vestidas de “Melindrosas” na festa à Fantasia.

Colação de Grau

 

No outro dia foi realizada minha Colação de Grau. Já estava tudo preparado para minha mãe pegar o canudo junto comigo. Na hora do ensaio, somente quem sabia da surpresa eram os cerimonialistas.

 

Cheguei no Centro de Convenções de Goiânia às 5h da tarde para acabar de arrumar e tirar fotos. Fui de vestido preto com uma fita para trás, meia calça preta, sapato preto, brincos de argola com strass, cabelo semi preso e minha mãe com um terno marrom. Estávamos lindas. Lembro-me como se fosse hoje.

 

A cerimônia começou e pediram para minha mãe se levantar quando me chamassem. Ela iria ao meu encontro. Não deu muito certo esse momento. Na hora em que me chamaram ela demorou um pouco para entender que eu queria dividir esse momento com ela e demorou para subir, mas na hora em que cheguei na mesa para pegar meu canudo, nós duas fomos. O reitor da faculdade não quis entregar para mim. Ele deu nas mãos da minha mãe e foi das mãos dela que recebi o símbolo de uma das maiores vitórias da minha vida.
Eu e minha mãe na formatura.

Eu e minha mãe na formatura.

Aí já é de se imaginar o “chororô” da minha família e dos outros formandos. Todos gritando o meu nome. Nunca irei esquecer a música desse dia: Dias Melhores, do Jota Quest. Foi tudo perfeito, acho que nunca conseguirei esquecer cada momento de felicidade que tive.
Um dos momentos mais felizes da minha vida.

Um dos momentos mais felizes da minha vida.

Depois disso, ainda vestimos a beca para tirar algumas fotos individuais, algumas com os professores homenageados e o professor homenageado com o nome da turma, etc.

 

O culto Ecumênico

 

Jé o culto ecumênico aconteceu em uma igreja de Goiânia. Eu sempre chegava mais cedo. A cor do nosso vestido para essa cerimônia era vermelho bordô e os meninos com uma gravata da mesma cor. Nao é por nada, mas o meu vestido era chiquérrimo e, de acordo com as palavras do cerimonialista, um dos mais bonitos.

 

No começo do culto, fui a primeira a entrar e foi muito lindo. Ao som de um coral, tivemos as homenagens de um pastor, de um padre e de um integrante do centro espírita. Fizemos também as homenagens para os pais e professores, aos bachareis em direito e também à nossa querida Michelini, colega nossa que faleceu durante o curso.

 

Na parte do ofertório, eu participei levando um canudo para demostrar a nossa dignidade e compromisso com o curso que fizemos. No final, todos foram cumprimentados no salão de festa da própria igreja. Minha família estava sempre unida e muito alegre.
Minha Família sempre unida e alegre.

Minha Família sempre unida e alegre.

O Baile

 

Chegando o grande dia do baile, fui com um lindo vestido lilás, sapato preto, cabelo todo preso com estrelinha de strass. Minha mãe foi com um belo vestido vermelho.

 

Tive que chegar antes para tirar algumas fotos sozinha, com familiares e com outros formandos. Meu tio foi convidado para dançar a valsa dos pais, meu cunhado para dançar a metade da segunda valsa e para o grande final chamei meu sobrinho para terminar a segunda valsa.

 

Todos os formandos brindaram com champanhe e eu com guaraná, pois não posso beber álcool de espécie nenhuma, por causa do meu tratamento. Ficamos festando até quatro horas da manhã. Foi maravilhoso.
Eu e meu lindo vestido do baile.

Eu e meu lindo vestido do baile.

O que ainda está por vir

Um momento inesquecível.

Um momento inesquecível.

Minha formatura será inesquecível para mim. E relembrar desse grande sonho realizado, desperta a minha vontade de vencer todos os desafios que ainda virão.
Ainda não passei na OAB. Já tentei 3 vezes. Mas quero deixar bem claro que eu ainda não desisti de ser uma futura promotora de justiça. Quando isso acontecer, não irei deixar meu blog de lado, e sim irei conciliar os dois.

 

 

Nunca irei esquecer desse sonho realizado, por mim e por minha família que sempre me ajudou, principalmente com minha grande amiga de todas as horas: a minha querida mãe. Mas também nunca vou deixar de lutar pelos sonhos que ainda tenho.

 

É isso, gente. Espero que essa história encoraje vocês a lutarem pelos sonhos de vocês e a nunca desistirem. Até o próximo post. Não esqueça de curtir a minha Fan Page!
Memórias

Minha Vida Escolar

Olá, gente! Hoje vou falar sobre minha vida escolar no terceiro post da série “Memórias”. Apesar das dificuldades, cada passo foi uma vitória e cada etapa foi vencida com muito esforço e dedicação. Espero que vocês curtam e acompanhem.

 

O Bê-a-bá

 

Quando comecei a estudar, eu já tinha 5 anos de idade. Era uma escola normal e pequena, mas eu gostava. Estudei lá até a 4ª série. Para manter meu ritmo de aprendizado, minha coordenadora, juntamente com a diretora, pediu à minha mãe para que eu fosse avaliada e acompanhada por uma fonoaudióloga e uma psicóloga.

 

Quando a avaliação saiu, tive que fazer um tratamento com uma fonoaudióloga. por que eu gaguejava muito. Também fiz tratamento com uma psicóloga por que eu era muito fechada e introvertida, e isso se agravava pelo fato de eu não ter amigas e no colégio. Nesse começo para mim era muito difícil. Nesta época tinha que ir todos os dias para um estudo dirigido.

 

O ensino fundamental

 

Tive que fazer a 5ª, 6ª, 7ª série do ensino fundamental e o 1º ano do ensino médio duas vezes. Isso porque eu não tinha maturidade para entender todo o conteúdo de primeira. Sempre tive que ter professores particulares mais nas matérias exatas. Além disso, também existe aquela máxima de que trocar de escola no meio do ano prejudica o aluno. E é verdade, essa foi um dos motivos pelos quais eu repeti. Mas o bom é que eu sempre tive o apoio de minha família. Eles sempre respeitaram o meu ritmo.

 

Quando eu fiz a 6ª série novamente, minha mãe resolveu me mudar de escola. Esse colégio já era grande com um espaço enorme. Foi nele que passei mais tempo.

 

No 1º ano do ensino médio eu repeti porque neste ano tive que fazer um tratamento muito sério com a minha psicóloga pois não tinha nenhum vínculo na escola. A adolescência foi uma época muito difícil. Uma outra hora conto mais detalhadamente.

 

O Ensino Médio

 

Enfim, como bombei naquele ano, minha mãe me mudou de colégio novamente. Então fiz o 1º, 2º e a metade do 3º ano do ensino médio onde o coordenador era amigo da minha mãe. Não foi nem preciso fazer outra escolha, pois também nesta época eu já ia sozinha para a escola. Mas na metade do 3º ano do ensino médio mudei de colégio mais uma vez pois esse coordenador, conhecido da minha mãe, e o coordenador de outra escola falou para ela que eu não passaria nem de ano e nem em nenhum vestibular.

 

Mudei de colégio, então, no meio do 3º ano. Com medo de não passar de novo. Mas nesse novo colégio, o coordenador era o amigo da minha mãe também. Vale lembrar que eu era uma aluna normal e não tinha nenhuma regalia. Era tratada igual a todos os alunos.

 

O Vestibular

 

No meio do ano prestei vestibular para Biologia na UEG e para Direito na PUC-GO. Isso para juntar os pontos do vestibular do mesmo ano. Mas nem cheguei a fazer a prova do fim do ano, porque em outubro deste mesmo ano prestei vestibular para direito em outra faculdade e passei.

 

Fui então estudar para passar no 3º ano do ensino médio. Graças a Deus, passei e essa foi mais uma vitória conquistada. Quem diria que eu iria conseguir passar do ensino médio para o ensino superior.

 

A Faculdade

 

Então eu fiz todos os períodos na faculdade, mas num determinado momento tive que trancar meu curso. Estava muito difícil para mim conciliar os estudos e meus tratamentos, e por isso privilegiei o tratamento por um tempo.

 

Fiquei 2 meses sem estudar. Quando voltei para conseguir terminar minha vida acadêmica, fui transferida para outra faculdade para concluir as 16 matérias que ainda faltavam.

 

O quarteto Fantástico

 

Fui muito bem acolhida nesta faculdade nova. Não tive dificuldade nenhuma para me enturmar. Em 1 ano e 6 meses conheci a maioria das pessoas de lá. Mas o grande grupo que me acolheu criei um nome pra ele era chamado de “Quarteto Fantástico”. A gente estudava, saía, fazia trabalho em grupo, tudo sempre juntas. Fomos várias vezes ao fórum estudar, assistir audiências, tribunal do júri e quase consegui participar de um tribunal do júri na parte de defesa devido ao meu estágio.

 

O fim do curso e os novos desafios

 

Terminei o meu curso com minhas amigas do “Quarteto Fantástico” e a nossa formatura foi linda. Depois vou contar com mais detalhes essa parte.

 

Depois de 2 meses que eu já tinha terminado meu curso, voltei para estudar para prova da OAB. Ainda não consegui passar até hoje. Essa prova é muito difícil. Eu já tentei fazê-la por 3 vezes. Mas com fé em Deus, um dia eu chego lá.

 

Hoje, com ajuda da minha família e amigos, graças a Deus consegui criar meu blog. Venho aqui hoje e a cada dia para demostrar para cada pessoa o tanto que eu sou capaz. Capaz igual a qualquer pessoa. Foi uma ideia do meu psicólogo, e eu me enfiei de corpo e alma nesse trabalho.

 

Com a ajuda de vocês quero ser uma blogueira de sucesso, mas ainda continuo sendo uma bacharel em direito. E quero ser muito mais. Vencendo cada desafio que a vida me apresentar. Aprendendo a voar cada vez mais alto.

 

É isso gente. Não deixe o que as pessoas pensam ou dizem definir quem você é. A sua vida é só sua. E só você pode vivê-la. Ninguém pode fazer isso por você. Então vença os desafios que se apresentarem a você e se vc tropeçar, é só lembrar de se levantar. 😀 Até a próxima. Não esqueça de curtir a minha Fan Page!
Inspiração

Contra o preconceito? Sorria!

Olá, pessoal! Hoje quero conversar com vocês sobre um assunto que muitas vezes me deixou triste, mas que, à medida que eu fui crescendo, aprendi a lidar com ele: o Preconceito.

 

Muitas pessoas no mundo não tem condições de lidar com diferenças. Seja com relação às suas crenças, visão política, pontos de vista. Aceitar o diferente, não é fácil. E quando as diferenças são físicas, essa capacidade às vezes é menor ainda. A sensibilidade para enxergar que por trás das limitações e dificuldades de um deficiente existe uma pessoa – com sentimentos, sonhos e aspirações – não é algo que está presente em todo mundo.

 

Durante várias fases da minha vida, eu tive amigos especiais e minha família sempre presente dando todo o suporte que eu precisava para eu progredir da melhor maneira. Mas houve momentos em que foi difícil perceber que o olhar de muitos era de dó, e a expectativa da maioria era de que eu não seria ninguém. No ensino médio, cheguei a ouvir isso de um funcionário da escola. Foi doído. Mas sabe de uma coisa: Eles estavam errados.

 

Descobri ao longo dessa caminhada que vale mais a pena dar ouvido às pessoas que querem o melhor pra mim, que se preocupam comigo e tem prazer em me ver bem. Muito mais do que sofrer com insensibilidade de quem não consegue ver o meu coração por trás das minhas debilidades. Por que estes, que muitas vezes tentam nos puxar pra baixo com suas palavras e atitudes, mal sabem que minha alma pode voar. E que eu posso ir tão longe quanto qualquer pessoa com força de vontade.

 

Não são esses pré-conceitos que as pessoas formam da gente que definem quem nós somos. Eles podem nos machucar às vezes. Mas é no amor de quem nos enxerga de verdade que devemos construir nossas pontes pra continuar caminhando. Foi no amor e apoio da minha mãe, da minha família e dos meus médicos que eu cheguei até aqui. Eles que me encorajaram a dar cada passo adiante. E é sobre cada palavra de encorajamento deles que eu pretendo continuar conquistando meus objetivos.

 

Então, o melhor remédio pra combater o Preconceito é esse: Sorria. E no tempo certo eles verão o quanto estavam errados.

 

É isso, gente! Não esqueça de curtir a minha Fan Page! Obrigada! 😀
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Aprendendo a voar

Oi, gente.. Meu nome é Paula Lopes. Estou abrindo esse espaço para compartilhar com vocês um pouco mais da minha história. Moro em Goiânia, Goiás, tenho 33 anos e sou deficiente física. Quando eu tinha quatro meses e meio fui diagnosticada com Toxoplasmose Congênita. Mas o que é isso? Naquela época, o acesso à informação não era tão livre como hoje, e no primeiro momento foi difícil para minha família lidar com esse diagnóstico.

 

Eu e minha avó - Ela foi a primeira a notar a minha deficiência

Eu e minha avó – Ela foi a primeira a notar a minha deficiência

Mês a mês, a eles acompanhavam a minha evolução com muita expectativa, comemorando cada novo avanço. O prognóstico nunca foi dos melhores. Os médicos diziam para a minha mãe que eu poderia ficar cega, muda, não andar, não ouvir e até mesmo ficar em estado semi-vegetativo. Mas aqui estou pra provar que em muita coisa eles estavam errados.

 

Estou criando o “Blog da Paula” devido a um sonho meu de compartilhar um pouco dessa trajetória com vocês. Quero falar sobre o que minha família passou, o que eu passei e ainda passo por causa da minha deficiência. Mas o intuito maior é dizer a vocês que uma deficiência física não é o fim da vida. Além disso, quero falar aqui também sobre a minha em específico, a Toxoplasmose Congênita.

 

Por ter nascido com essa doença, eu sempre tive algumas dificuldades e limitações. Mas nenhuma delas me paralisou. Frequentei uma escola normal, tive que aprender a usar óculos de grau alto, bota ortopédica, aparelho para não ficar com a coluna torta… Fui criada como uma criança normal fiz toda as etapas do nível escolar e, apesar de todos os obstáculos, cheguei à faculdade. E meu auge de alegria foi quando me formei.
 

Formatura da Paula - Apesar das dificuldades, consegui me formar

Formatura – Apesar das dificuldades, consegui me formar.

Graças a Deus, tive uma família e amigos que sempre respeitaram meus limites e meu tempo. E sempre me inspiraram a seguir em frente. Ainda tenho muitas dificuldades, como dobrar uma coberta, vestir algumas roupas e sapatos sozinha, fazer maquiagem sozinha, colocar um brinco, fazer comida entre outras coisas. Mas também sei que ainda tem muita coisa pra ser vivida e pra ser superada.

 

Pois é, gente.. Espero que esse espaço seja uma fonte de esperança pra outras pessoas que tem deficiência, ou problemas que dificultam a vida de uma maneira geral. O que eu quero falar para vocês é só uma coisa: A vida não acaba por causa das dificuldades. Então acompanhem meu blog que em breve contar mais sobre como eu tenho aprendido a voar cada vez mais alto. Beijos e até a próxima. 🙂
 
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